Fonte: Fundação Getúlio Vargas | Março 2018
A Fundação Getúlio Vargas realizou evento para discutir o fenômeno das fake news e sua relação com a liberdade de expressão e o debate político democrático. Foram abordados os temas dos novos meios de produção e do consumo de informação na internet e os parâmetros morais e tecnológicos. Também se discutiu as políticas públicas para alocação de riscos, direitos e responsabilidades associados à produção, disseminação e consumo de notícias falsas.
A sócia Taís Gasparian participou como debatedora no painel “Fake News e Mídia: uma relação complexa”, juntamente com Patrícia Blanco, do Instituto Palavra Aberta, e Eugêncio Bucci, da Escola de Comunicação da USP, com a moderação de Jacqueline Abre, do InternetLab. Taís Gasparian atribui o sucesso das chamadas fake news a um conjunto de fatores, dentre os quais a crise da mídia impressa, a tentativa de desacreditar a imprensa e à informação fragmentada.
Na produção das chamadas fake news, há uma combinação do uso da tecnologia e de muito dinheiro a serviço de uma estratégia global de desinformação. Segundo a exposição da advogada, a criação de perfis falsos e a divulgação de notícias falsas representam, atualmente, um business altamente lucrativo.
Estudo do MIT[1] aponta que as “false claims” tem mais de 70% de chance de serem compartilhadas no twitter do que as notícias verdadeiras e que são os próprios seres humanos os maiores responsáveis por sua divulgação. Taís Gasparian destacou, ainda, a existência de diversas agências responsáveis pela checagem da veracidade das notícias que circulam na internet e nas mídias sociais.
Confira o evento em: http://direitosp.fgv.br/evento/fake-news-democracia
[1] Massachusets Institute of Technology, nos EUA.